fora de casa
a solidão queima ao sol do meio dia
nas paragens da brisa não existe mais pressa
onde antes corriam hoje caminham
nos dias agora
abate-se o peso
da indiferença dos séculos
o sol do meio dia não perdoa corações dês avisados
vertigens
miragens
um golpe
as calçadas balançam e o asfalto afunda lentamente
o meu corpo pesado como tudo de uma vez
se balança dançando com as calçadas
e a minha cabeça vazia como o nada
afunda num ultimo salto de ornamento com o asfalto
(o ultimo show)
no fim do show
lá
meu corpo exposto a rua
sangue e dejetos ao meu redor
um gato roubou meus olhos
alguém reclamou do mau cheiro
e uma gueixa de olhos semi cerrados disse
"esse era metido a poeta"
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