20141014

Dia dezenove e meio

em horas que acordar é morrer
dias que não dormir é estar morta
sapos em liquidificação de cor torta
bonecos de vento em lojas a perecer
quando bom dia é vá se fuder
melhor os ratos ficarem na toca
melhor o peixe entregar-se a pororoca
e esperar aflita noites de escurecer
hoje amanhã e depois
catêtos não levantam quadrados
nenhum dos gatos é pardo
o tempo está vermelho
e o céu conrinua azul
"a vida as vezes é
uma calcinha enfiada no cú"

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